Traduzi este pequeno texto escrito por Abdassamad Clarke, que apesar de estar se referindo a realidade enfrentada na Inglaterra (e na Europa de modo geral), é bastante semelhante com os problemas que nós nos deparamos em nossa ummah (comunidade islâmica) aqui do Brasil. Espero que este texto abra espaço para discussões acerca dessa lastímável cisão que a comunidade islâmica vem enfrentando.
Radamés
CULTURA E INTELECTO
Por Al Hajj Abdassamad Clarke
Os muçulmanos tem sido enganados pela falha agenda do muliculturalismo que faz do Islam algo intrinsicamente estrangeiro.
A vestimenta é um desses aspectos. A questão da vestimenta, tanto para homens quanto para mulheres, é a modéstia e o ato de cobrir aquilo que não pode ser visto em público. Cada raça, nação e cultura encontrou algo de sua cultura indígena que se enquadrou nestes critérios. Muitos muçulmanos modernos do ocidente, ao contrário, vêem a questão como cultural, e que o Islam exige um certo estilo cultural de vestimenta. O resultado é o clima atual, em que os segmentos mais oprimidos, desfavorecidos e ignorantes de nossa sociedade estão sendo levados a acreditar que os muçulmanos são a fonte de todos os seus problemas, as mulheres muçulmanas, por exemplo, devem suportar as incessantes hostilidades quando vão efetuar seus afazeres diários porque elas escolheram ganhar destaque culturalmente como pertencentes a uma cultura estrangeira.
O design das mesquitas é outro ponto. Uma mesquita é basicamente um espaço aberto para a adoração a Allah. Se estiver um clima frio, provavelmente necessite de algo para se proteger do frio, se estiver um clima quente, ela precisa de áreas sombreadas para manter-se livre do sol. As antigas mesquitas árabes eram estilisticamente e arquitetônicamente diferentes das mesquitas persas, da qual difere-se das mesquitas chinesas, que são diferentes das mesquitas do sub-continente indiano ou das mesquitas otomanas, da qual é diferente da grande mesquita do Jenné. No entanto, no ocidente, as pessoas insistem em importar estilos alíenigenas de arquitetura que ficam a reforçar a agenda do "multiculturalismo" onde o Islam é uma cultura e não uma ciência, uma escola filosófica ou um estilo de vida.
O design das mesquitas é outro ponto. Uma mesquita é basicamente um espaço aberto para a adoração a Allah. Se estiver um clima frio, provavelmente necessite de algo para se proteger do frio, se estiver um clima quente, ela precisa de áreas sombreadas para manter-se livre do sol. As antigas mesquitas árabes eram estilisticamente e arquitetônicamente diferentes das mesquitas persas, da qual difere-se das mesquitas chinesas, que são diferentes das mesquitas do sub-continente indiano ou das mesquitas otomanas, da qual é diferente da grande mesquita do Jenné. No entanto, no ocidente, as pessoas insistem em importar estilos alíenigenas de arquitetura que ficam a reforçar a agenda do "multiculturalismo" onde o Islam é uma cultura e não uma ciência, uma escola filosófica ou um estilo de vida.
Tudo isso resultou em uma resposta exaltada e hostil das populações nativas (os ocidentais) em relação ao Islam, que eles percebem como sendo cultural, precisamente porque os muçulmanos apresentam o Islam como sendo uma questão cultural, como algo estrangeiro. Além de causar sofrimento para um grande número de pessoas, isso prejudica o nosso dever fundamental, que é o de chamar as pessoas para Allah, O Altíssimo e ao seu Mensageiro (que Allah o abençõe e lhe dê paz), de uma forma racional e significativa e NÃO a uma de nossas muitas culturas nacionais ou uma cultura sincrético "islâmica".
Quanto ao símbolo de Islam "britânico" ou "europeu" que normalmente é apontado pelas pessoas menos qualificadas a fazê-lo, e cujo o movimento é irrefreável, mas esta não é a questão. Ninguém precisa criar uma forma "Britânica" de Islam, mas sim, devemos nos preocupar com o nosso din (sistema) e a identidade cultural vai falar por si própria.
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